Mudança
fundamental nas pesquisas
O DISCO FASCISTA ENCONTRADO – Parte 1
de
Alfredo Lissoni
Três
dos dezassete desenhos
de
discos voadores que foram
encontrados
em Maderno,
nas
margens do Guarda, no sótão de um
cientista.
A
pesquisa sobre os Ficheiros Secretos de Mussolini está a ser efectuada e a cada
dia, novas provas confirmam a autenticidade dos documentos, delineando também
um quadro cada vez mais abrangente e intrigante, composto por encobrimentos, acções
de guerrilha e tramas tecidas para silenciar uma verdade inconveniente.
Hoje,
os meios de comunicação mediática, brutalmente censurados na década de trinta, embrenharam-se
numa vingança "moral", dando amplo destaque a este amarelo do
Ventennio(período fascista): os documentos
fascistas foram mostrados pelo nosso Roberto Pinotti no Speciale Tg1, que foi para o ar no sábado, dia 30 de Setembro
e inteiramente dedicado aos UFOs/OVNIs, durante o qual, entre outras coisas, a
Força Aérea abriu a sua pasta de documentos. E a rubrica Tentazioni de
"Il Giorno" dedicou uma
página inteira aos arquivos fascistas,
no dia 7 de Setembro do ano passado, com uma investigação detalhada do
jornalista Gabriele Moroni.
O UFO NASCIDO
EM VERGIATE
Por
minha indicação, foi "Il Giorno", o primeiro a levantar a hipótese, de
que o disco voador recuperado pelos fascistas na madrugada de 13 de Junho de 1933,
tivesse sido escondido nos edifícios da usina SIAI Marchetti,( SIAI-Marchetti era uma empresa italiana
fabricante de aviôes e/ou de aviação.) de Vergiate ou Sesto Calende, duas
localidades vizinhas, na província de Varese.
Está
junto à identificação do lugar, graças a uma série de elementos que se
encaixam. Em primeiro lugar, a zona da aterragem devia ser em Milão, ou na
Lombardia; demonstrava-o o facto de que as cartas da Agência Stefani que
relatavam a recuperação, partiram da Central Telegráfica de Milão e não, por exemplo,
de Roma, ou de uma sede jornalística periférica; Vergiate está localizada na
província de Varese; a cinco minutos de carro, está Sesto Calende, o rio
Ticino, na fronteira com Novara.
Em
Sexto Calende e Vergiate (e na cidade vizinha de S. Anna), a fábrica da SIAI Marchetti
tinha os edifícios onde foram fabricados os aviões militares. Em Sexto estavam
os escritórios dos executivos, em Vergiate, os edifícios, em St. Anna, as
instalações que mais tarde irão albergar a Decima Mas.( http://pt.wikipedia.org/wiki/Decima_Flottiglia_MAS
Em Sesto Calende e Vergiate eram da casa,
Italo Balbo(http://pt.wikipedia.org/wiki/Italo_Balbo) e Filippo Eredia(http://it.wikipedia.org/wiki/Filippo_Eredia),
o seu braço direito. Soubemos pelos documentos fascistas, que Balbo foi um dos
expoentes máximos do Gabinete RS/33 (e esteve em estreito contacto com Marconi,
como foi evidenciado num artigo do "The Evening," de 7/15/33, sobre
alguns telegramas amigáveis entre estas duas personagens ).
A
História oficial diz-nos que "era habitual Balbo partir para as suas
expedições de aviação, a partir de Sesto Calende" (ainda mais preciso: a
partir da pista de aterragem Vergiate). Filippo Eredia, chefe do Instituto de
Meteorologia do Estado (fornecia a Balbo as condições meteorológicas para os
vôos transoceânicos) estava em casa, nas fábricas da Marchetti (há fotos que o
retratam em St. Anna).
Depois
da guerra, este último tornou-se,
curiosamente, um dos cépticos mais firmes do Gabinete, sobre o fenómeno UFO.
Ainda assim, outras indicações dirigiram a minha atenção para a área de Varese.
Em primeiro lugar, o facto de que, após a recuperação do disco, ter sido apenas
um jornal de Varese, o "Cronaca Prealpina," de 20 de Junho, a dar a
notícia com destaque, da existência de formas
de vida em Marte, em contacto com os homens da Terra; em segundo lugar, o facto
de que, nos anos imediatamente a seguir ao pós-guerra, continuasse a circular
na área, o rumor que Vergiate tivesse albergado discos voadores da Terra.
Pesquisei
pessoalmente, o caso de Tradate di Varese. Em 1950, o operário Bruno Facchini,
de Abbiate Guazzone, deparou com um disco voador caído no chão de
uma floresta, e com os seus ocupantes. Ao recordar-se dessa experiência,
Facchini referia sempre os efeitos sobre o abdómen (choques eléctricos)
provocados por um feixe de luz disparado pelos extraterrestres; também conservou
fragmentos do disco voador, deixados em terra pelos extraterrestres, com a
intenção de efectuar um trabalho de
soldagem no disco.
O que poucos sabem é que,
quando Facchini tropeçou no disco, pensei imediatamente que era um protótipo
americano guardado em Vergiate. Realmente os americanos, que durante a guerra bombardearam
nove vezes a fábrica Marchetti, de Vergiate, tentando destruir algo a todo
custo, pouparam Sesto Calende, se bem que estivesse ao lado de uma estratégica ponte
de ferro sobre o Ticino.
Talvez os americanos
tivessem tido conhecimento do facto de que, nos escritórios da Marchetti,
houvesse documentos preciosos e decidiram poupar Sesto. E depois da guerra
terminar, nos anos cinquenta, a Força Aérea dos Estados Unidos apressou-se a
apoderar-se dos que estavam nos edifícios, em Vergiate, transformados,
improvisadamente, em hangares de manutenção dos aviões americanos.
Ainda havia outros elementos que me
levaram a investigar nessa direcção. Deve dizer-se que, nos últimos meses,
diversas teorias sobre os arquivos fascistas foram transmitidas em várias
publicações; em parte, diziam respito à queda (embora nos documentos se falasse
apenas em aterragem) do disco voador de 1933; foi adiantada a hipótese de uma
falha causada por um raio, claramente inspirada no acidente de Roswell. Desde o
início da minha investigação foi suficiente verificar o boletim meteorológico
do Observatório de Brera, de Milão, para excluir esta hipótese: naquele dia o
céu estava parcialmente coberto, ocasionalmente chuvoso. Não havia grandes
tempestades.
Mas precisamente por esta razão,
saltava imediatamente aos olhos, como
uma mentira mal orquestrada, a notícia de que um raio misterioso de luz, tinha
caído durante a noite, no "estradão entre Novara e Magenta" e que era
um raio banal. A única publicação que ousou relatar as notícias (com algum
atraso), foi o ‘Domenica del Corriere’, de 9 de Julho; relatava de forma muito
sucinta que cinco operários, um dos quais gravemente ferido, foi atingido ...
por um único relâmpago!
Não podia escapar à ligação com o
documento Senatorial do Gabinete RS/33, que impunha divulgar o
"fenómeno" em consonância com uma explicação astronómica. Nunca
escrevi antes dessa descoberta, porque queria ter a certeza (afinal, nos dias
imediatamente anteriores ou posteriores à aterragem do UFO, houve várias quedas
de raios, completamente convencionais).
O CASO MORETTI
Apenas
há alguns meses, pude ter finalmente, a prova definitiva do que estava a
procurar há muito tempo. Um amigo militar tinha-me dado um mapa da Força Aérea
americana, que indicava a deslocação táctica dos principais aeroportos
italianos nos anos quarenta. No norte da Itália, a maior concentração estava
mesmo à volta de Milão.
Era
evidente que qualquer dispositivo recuperado na área, teria sido escondido num
hangar de aviação de confiança mais
próximo. Vergiate estava intimamente ligado ao Gabinetto RS/33. E não só.
Graças a uma ajuda inestimável, pude descobrir que no executivo de Sesto
Calende, trabalhava um funcionário de nome de Aldo Moretti.
Lembrem-se
do misterioso "caso Moretti", de quem a correspondência fascista
dizia que "não se podia falar se não com quatro olhos dada a delicadeza e
a particularidade da história"? Moretti vinha citado numa carta da Agência
Stefani, endereçada a um misterioso
Alfredo (pensei que poderia ser um colunista do "Ano XIII"). "Se
me pedir um conselho, aqui está: não conte a ninguém, repito a ninguém, e isso
inclui os parentes mais próximos, como viu," aconselhava a carta.
Um
Moretti está entre os funcionários da SIAI Marchetti. O seu nome é mencionado num
boletim satírico do clube dos operários da SIAI Marchetti Zic (1). É referido
como " oficial da D.O.", provavelmente de Gestão de Operações. O que
fez o Moretti para se tornar um sem nome? Lançou fogo ao hangar que mantinha o
disco voador (ou o que restava dele)!
Nos
arquivos dos republicanos o funcionário diligente e fiel foi subitamente
designado como um partidário perigoso; no entanto, a correspondência que lhe
dizia respeito foi deliberadamente esfumada, quase como se estivessem a tentar
apagar para sempre a sua identidade (como aconselhavam as cartas da Agência
Stefani). A citação precisa e exacta nos documentos da Guarda Nacional
Republicana de Varese, sobre "alguns elementos que entraram na
clandestinidade, de certo certo Moretti e Tiferi, de Sesto Calende".
A
conversão de Moretti deve ter ocorrido após 1940. Até 6 de Setembro daquele
ano, Aldo Moretti ainda era um líder respeitado do regime; parece estar ligada
ao facto de que, em 1940 o Gabinete RS/33 terminou as investigações sobre os
OVNIs e passou toda a documentação para os nazis. Três anos depois, Moretti
decidiu rebelar-se.
O
incêncio na arrecadação da SIAI, de Vergiate,
data de 17 de Março de 1943.
Quanto dano causou aquele incêndio criminoso, não foi dado conhecer. Não
está mencionado na correspondência do RS/33, quanta documentação (ou aos
achados), as mãos gananciosas dos nazis deixaram depois de 1940. Portanto, não
podemos determinar se no momento do incêndio, em Vergiate, ainda estava o disco, ou meros fragmentos do
UFO, ou, simplesmente correspondência secreta, fotografias e desenhos da
aeronave.
Provavelmente,
este material foi destruído para sempre,
embora haja uma esperança de que possa haver uma cópia. Um dos nossos
colaboradores recorda-se de uma exposição do pós-guerra de desenhos feitos
(antes de 1947), por "doentes mentais", em Itália. Entre muitos esboços
bizarros, alguns mostravam claramente um corte transversal de um disco voador, desenhado
por um louco antes das pessoas começarem a falar de UFOs. Ter-lhe-iam recordado o personagem misterioso,
mencionado na correspondência fascista como "o caso análogo terminou com o
internamento num manicómio”?
O TRIÂNGULO DE TICINO
E
os nossos leitores sabem que, desde tempos imemoriais o "triângulo"
que vai de Ticino para Novara e que compreende a ponta de Varese, é uma zona de
actividade Ufuológica intensíssima. O
arquivo confidêncial a este respeito é muito volumoso. É apenas uma
coincidência? Ou
há uma ligação com os acontecimentos de 13 de Junho de 1933? Uma teoria
semelhante foi proposta por Hessdalen; mesmo assim, as aparições de OVNIs,
repetidas e continuadas, têm sido explicadas por alguns como um acidente alienígena. Estamos no campo
da especulação; mas sabemos que nos dias seguintes à recuperação, a vida dos
funcionários das localidades envolvidas, de repente, ficou perturbada.
Os
dirigentes da Macchi, em Varese, a outra empresa que construía aviões militares
juntamente com a Marchetti, foram transferidos e substituídos pelo engenheiro
Paolo Foresio, um fidelíssimo que vinha da Genio Navale (2); em Milão, o superintendente
Pietro Bruno foi afastado e substituído pelo superintendente de Trieste,
Gaetano Laino; no dia 26, "na presença de Sua Excelência o Prefeito, gr.
dept. Fornaciari," o Secretário Federal do agrupamento fascista, Erminio
Brusa (que evidentemente sabia demais), foi transferido e substituído "pelo
novo secretário federal, Rino Parenti (3)." E não só.
Provavelmente,
a milícia fascista tinha pesquisado a pente fino, toda a área do acontecimento;
não se explicava de outra forma, a mobilização repentina de partidários de
Cuggiono (VA), de Como e Brianza. Procuravam alguma coisa? Ou escondiam alguma
coisa? O facto é que a imprensa da época relata que, em 17 de Junho, foram
alertados “os Comandantes do Fascio, os Chefes Centurie e os ajudantes da
segunda Juventude Fascista de Combate ", na cidade de Cuggiono, que, por
coincidência, estava entre Varese e
Milão; e tinha sido alertada, a sede do Fascista de Carate, em Brianza (4); a
mobilização estendia-se até Como, onde se aprontava uma reunião impressionante de
camisas negras, em 23 de Junho (5).
No
entanto, poucos dias após a aterragem do UFO, surgia, inesperadamente, em
Milão, a Rainha (6). De repente, a versão oficial dada pela imprensa foi que
significava, simplesmente, visitar o Hospital
Maggiore, em Milão. Talvez para encontrar os cinco viandantes feridos pela
queda do disco voador?
À
luz destes novos elementos, assume um significado significado diferente, o
bombardeio mediático incessante com o qual o Regime procurou, através da
imprensa, persuadir e convencer-se de que a sua Força Aérea ainda era a melhor
do mundo. Isso aconteceu mesmo nas revistas femininas, geralmente interessadas em
muitos outros temas; mesmo aí, a lavagem cerebral era contínua, da
"Eva" à mui católica
"Alba" (que em 16 de Julho de 1933, dedicava a sua capa às "Asas de Itália") e à revista
"Ela" (com um artigo sobre as "aviadoras").
O
regime temia claramente uma perda de autoridade (7), tanto assim que o próprio
Mussolini teve de reiterar, na primeira página das colunas do jornal fidelíssimo "La Sera", alguns
dias após a aterragem, que o Estado fascista não era apenas "um vigilante
noturno que se ocupava da segurança pessoal dos cidadãos ... "(8). No
entanto, nas primeiras horas da madrugada, a polícia secreta fascista tinha
trabalhado como um guarda noturno, e não para a segurança dos cidadãos, mas
para a proteção das suas instituições.
DOCUMENTOS QUE DESAPARECERAM
Infelizmente,
trabalharam bem. A caça aos documentos é uma tarefa desesperada. Em primeiro
lugar, esta pesquisa é uma corrida contra o tempo; as poucas testemunhas que se
lembram de algo, estão a desaparecer lentamente (e, recentemente, o soldado
italiano que trabalhou com os serviços secretos
britânicos no estudo das fotos dos foo-fighters, morreu aos 73 anos de
cancer no pâncreas).
Ainda
é mais dramática a pesquisa dos memoriais dos membros do Gabinete RS/33. Não se
sabe se Mussolini falou da Comissão UFO
aos seus colegas de trabalho mais próximos, ou às pessoas que estavam perto nos
últimos momentos de vida. A lógica seria excluí-lo; em qualquer caso, o passar
do tempo não nos favorece: no verão passado morreu Monsenhor Salvatore Capula, pastor
da Madalena, em Cagliari, durante 60 anos, a pessoa que recebeu as últimas confissões
do Duce (9), e que tinha à sua guarda, alguns diários misteriosos,
cuja existência, no entanto, continuou a negar.
E
morreu em Brescia, em 1996, o único partidário que podia saber alguma coisa, o
Professor Aldo Gamba, de Gargnano (BS), que, após a libertação, foi o
responsável pela polícia militar do norte da Itália. Jornalistas de todo o mundo
vieram a Gargnano para entrevistá-lo sobre as caixas secretas que Mussolini tentou
resgatar antes de ser fuzilado. E ele respondeu: "Não vou dizer nada a
ninguém sobre a utilização e o fim daquelas caixas."
Mas
quando estava com os amigos, tocava muitas vezes no tema. "Em 29 de Abril
de 1945", disse ele, "como chefe da polícia militar fiz sequestrar
uma das caixas com os arquivos secretos de Mussolini e enviei-a às autoridades
do Estado Republicano nascente." Talvez tenha sido graças a isso que foi
possível descobrir - como já escrevemos na edição de Março do "UFO
notiziario" – que a República Social Italiana teve o seu próprio Gabinetto RS (de que fala o céptico
Marcello Coppetti, no livro "UFO arma secreta") .
"Havia
quatro caixas que continham documentos e registos do secretário de Mussolini",
confessava Gamba. "Dois foram afundados no lago de Garda. Para obter um
mergulho seguro e rápido, tinham sido adicionadas pedras grandes. No dia 18 de
Abril, em Gargnano, as outras duas foram carregadas num camião com outro
material da secretaria. No mesmo dia, à tarde, até Mussolini abandonou
Gargnano.
As
duas caixas foram abandonades na Prefeitura de Milão, onde se desenrolou o
último e breve Conselho de Ministros. Em 29 de Abril, consegui recuperar apenas uma dessas duas caixas.
A segunda tinha desaparecido. Um amarelo. Algo teria sido presumivelmente levado
do secretário do Duce (10). "" Mas ", informa o historiador
Federico Pelizzari", devemos também ter em mente que na noite de 26 de
Abril, a Comissão Nacional de Libertação havia ocupado a prefeitura de Milão,
no Corso Monforte, onde, no dia 27 se tinha instalado Riccardo Lombardi,
prefeito da Libertação.
Com
ele, chegaram os partidários, patriotas improvisados e funcionários
aduaneiros, que saquearam as caixas de zinco abertas (11). "As verdadeiras
cartas do Gabinete RS/33 acabaram, assim, nas mãos de um partidário?" Abandonados
no chão ", diz Pelizzari," foram encontrados documentos de Mussolini
dos anos '21, '25, '27, '36, '40. Da outra caixa, nem sombra. Aldo Gamba
assumiu que o material tinha ido para as mãos dos serviços de secretos
americanos e soviéticos. "Será uma coincidência que só depois da guerra é
que os americanos e os russos começaram a construir aeronaves em forma de disco
(o Avro-car dos Estados Unidos, e o Galonska russo)?
"Finalmente",
conclui Pelizzari, "a caixa que tinha sido recuperada desapareceu durante
a transferência para a Roma., Mas, no entanto, não continha revelações
históricas perturbadoras, apenas um pot-pourri de documentos públicos, os
relatórios sobre o Conselho de Ministros, documentos, sobre biografias
fascistas... ".
Foto
Em
13 de Agosto do ano passado, também morreu Franco Campetti, o artesão que tinha
recebido a ordem dos fascistas, para construir as famosas caixas. Foi ele quem,
em 1993, negou publicamente que as caixas encontradas nas profundezas do Lago
Gargnano (abertas com grande pompa e circunstância, na presença de Alessandra
Mussolini) eram as que continham os documentos mais secretos do Duce (12).
Essas
caixas não devem ser confundidas com o ouro de Dongo, que de acordo com o
semanário suíço "L'Hebdo", teriam sido escondidas não muito longe do
lago de Genebra, e não teriam caído nas mãos dos partidários que fuzilaram o
Duce (13). As caixas de Dongo continham o ouro roubado pelos fascistas à
população, e deviam servir para o nascimento de um pequeno feudo mussoliniano,
na Suíça, na Espanha ou na América; as caixas de Gargnano guardavam os
processos top secret dos Fascistas. Também era fácil que fossem os arquivos
OVNI (tenho uma teoria muito precisa sobre como Mister X pode meter as mãos nos
documentos originais, que espero confirmar em breve ...).
A
descrição acima é o que nos diz a notícia. Das fontes oficiais, não há maneira
de ter qualquer resposta (embora os arquivos fascistas devessem estar armazenados no Ministério das Relações
Exteriores); no entanto, isso não é novidade: por exemplo, a correspondência
entre Winston Churchill e Mussolini foi procurada em vão no Palácio Chigi, e
não há qualquer vestígio de sua passagem nos arquivos confidenciais da
Presidência do Conselho, na época dos governos de Gasperi (14).
Também
nada se sabe da frente da resistência. No Gabinete RS/33 não há qualquer
vestígio dos arquivos da Associação Nacional da Resistência Partisan (15) e a
Fundação Marconi, em Bolonha, nem
responde. Qualquer outro documento secreto terá escapado à censura?
Mistério. Villa Feltrinelli, a casa de Gargnano,
onde Mussolini governou a República Social, e onde podem ter sido ocultados
outros documentos, de repente foi comprada por um magnata, coincidentemente americano ... (16).
Parte 2
O
SETI FASCISTA
Foi
relativamente mais fácil investigar os membros do Gabinete RS/33. Surgiram convicções
loucas! Em 1973, na sala de Caxton Hall, em Londres, o astrónomo escocês,
Duncan Lunan, apresentava aos colegas, um diagrama de ecos de rádio (LDE)
captados em 1928, pelo Professor C. Stoermer, da Noruega.
Os
ecos eram, segundo Lunan (e de acordo com o astrónomo Bracewell, que os tinha
estudado em 1960), frequências de rádio terrestres que tinham sido captadas por
extraterrestres e enviadas de volta à Terra com um conjunto claro de pausa
('delay'), como sendo uma mensagem inteligente, um pouco como no filme"
Contacto ".
Segundo
Lunan os ecos eram devolvidos à Terra por uma sonda extraterrestre que tinha
partido há 13 mil anos, a partir de Epsilon, na constelação Bootes. Além da
bondade destas conclusões, o que me maravilhou foi descobrir que Marconi - o
chefe do Gabinete RS/33 e firme crente na existência de comunicações extraterrestres
- estivesse absolutamente ao corrente da existência dessas mensagens de rádio!
Isso explicaria o motivo de ter sido nomeado para liderar o Gabinete RS/33; e
explicava o facto de que, juntamente com outro membro da equipa fascista,
Giancarlo Vallauri, estudasse o radar para interceptar os intrusos do espaço
(17)!
E
irá esclarecer-se o papel do projectista, Gaetano Arturo Crocco, outro membro
do Gabinete RS/33, o primeiro na Itália a estudar, desde 1906, a auto-rotação -
por hélice – das naves aéreas. Quem melhor do que ele podia compreender o
funcionamento de um disco voador?
Sobre
Crocco, o jornalista aeronáutico Falessi
César, que foi o seu grande amigo, confirmou-me a obsessão súbita pelas viagens
espaciais. Esta afirmação também está documentada pelo estudioso Franco Fiorio:
"O
grande cientista italiano e pioneiro astronáutico Crocco demostrou, no final de
1950 como, mediante o uso mais eficiente da energia da fusão nuclear, é
possível alcançar velocidades próximas da luz e como isto permite cruzar,
dentro dos limites da vida humana, os confins do nosso sistema solar, a
distâncias equivalentes a 34 anos-luz, contendo cerca de 480 estrelas fixas da
classe do nosso Sol, cada uma das quais representa um sistema solar composto de
muitos planetas independentes e de características variadas (18). "
Quanto
a Marconi, ele citou os ecos de Stoermer num artigo enviado à Academia Real de
Itália (do qual fizeram parte os membros do Gabinete RS/33) e que foi lido em
Trento, em 07 de Setembro de 1930. "Em 1928", declarou o físico
", o prof. Stoermer de Oslo anunciou que tinha sido capaz de confirmar as
observações feitas pelo engenheiro Hals, sobre a existência de ecos de rádio
recebidos vários segundos após a transmissão de cada sinal.
Como
a velocidade das ondas elétricas é aproximadamente 300.000 km por segundo, é necessário supor que
as ondas façam com que o eco percorra, em certos casos, centenas de milhares de
quilómetros. De facto, durante uma conferência realizada em Edimburgo, em Fevereiro
deste ano, o prof. Stoermer expressou dúvidas de que algumas ondas aplicadas nas
várias transmissões, fossem reflectidas a partir da órbita da lua (19).” Por
coincidência, o próprio Crocco insistia que se devia colonizar o nosso satélite.
O Majestic 12 fascista estava convencido de que havia alguém na Lua?
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in Giorno 23-12-99.
A. Ribera - Ummo, la increible
verdad, Plaza e Janes, Barcellona 1984.
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ARQUIVO HISTÓRICO DE UFOLOGIA
Index
Tradutora: Maria Luisa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: http://peacelovelove.blogspot.pt/
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