As Discussões
O ATAQUE AOS ARQUIVOS NAZI-FASCISTAS
de
Alfredo Lissoni
# 1 Da
parte dos cépticos, chegaram críticas aos arquivos fascistas. Um ‘historiador
de Ufologia’ publica um artigo que, aparentemente, não tem nada a ver com a
minha pesquisa, e que é - cito - "a vida estranha e a morte absurda"
de Bill Cooper, divulgador conhecido como simpatizante das ideias nazis.
Interrorgar-se-ão, e com razão, que têm de fazer alguma coisa com o abaixo
assinado, que é conhecido pela sua hostilidade para com os divulgaores,
manifestada desde a versão eletrónica do meu livro de 1993, os "UFOs e a
CIA", recentemente reeditado pela Mir. Muito pouco, na verdade, mas o
ufólogo, mesmo admitindo na p. 39 do seu artigo que não era o "local mais
adequado para ampliar o problema", aproveitou a oportunidade para referir
duas colunas e meia, sobre o "mito
dos discos voadores nazis" e sobre o "genial e indescritível coronel
alemão, Heinrich Richard Miethe, de quem se fala a partir do fim de Junho de
1952, a respeito da V-7 ".
De
facto, o meu crítico afirmou no seu
livro, que a V-7 era um mito e que Miethe tinha sido inventado em 1952, pelo jornal ‘France Soir’, dos Alpes. No ano
seguinte, o aparecimento do livro "Os Ficheiros Secretos do
nazi-fascismo", escrito em conjunto, por mim e Roberto Pinotti, redefinia essa
tese: na página 202, publiquei uma
raríssima foto de Miethe, imortalizado em Kummersdof em 1933, e
salientei que os ufólogos haviam sempre procurado na direcção errada, pois o
verdadeiro nome do cientista nazi era Walter e não Heinich Richard.
A
foto foi tirada do livro da "Revelação UFO", do escritor inglês Tim
Matthews, que a tinha obtido do estudioso de aeronáutica, Bill Rose.
#2 A contestação continuou com a citação de Tim Matthews (nome verdadeiro: Tim Hepple), uma das fontes a favor da autenticidade da V-7; as críticas podem ajudar-nos a crescer e a melhorar, mas pareceu ser vital criticar Matthews não encontrando nada melhor do que evocar o seu passado de militante nazi: membro da Frente Nacional, do Partido Nacional Britânico, desde o Combate 18, até ao arrependimento e à sua transformação em anarquista anti nazi.
O
que é que tudo isso prova? Nada. Aos pistoleiros retóricos não interessa a
pesquisa histórica. Bem, isto é suficiente para invalidar todo o livro de
Matthews, com estas palavras: "Não é que sobre Matthews não se possa dizer
nada, pelo contrário!
Desde
1995, Matthews começa a interessar-se pelos UFOs. E escreve, sem algum acento
ideológico óbvio, que a Alemanha nazi já tinha discos voadores, que Miethe
realmente existira, e que, em 1933, colaborava com Wernher von Braun ...
"Na verdade escapa ao crítico que não era sobre o nazi arrependido - cujas crenças políticas não interessavam,
além do ataque pessoal que lhe foi feito – mas que deveria ter-se concentrado
em Bill Rose, que foi quem descobriu a
foto de Miethe.
Quer
gostemos ou não, para além de que é indiscutível,que uma fatia considerável de
personagens que sabiam dos discos voadores nazis, eram simpatizantes da direita: é claro, em
quanto eram os protagonistas da pesquisa top secret, durante a ditadura da
direita. Com maior razão, o pouco material que escapou à fúria iconoclasta dos
Serviços Secretos Aliados só poderia ter passado para os
"simpatizantes" actuais, pelos que estavam lá e sabiam disso.
Realmente
alguém acredita que fosse mera
coincidência, o facto do neto de um dos membros do Gabinete RS/33, ter o diário
secreto de "Professor Y", sobre os discos voadores do Duce? Talvez
não seja coincidência que, ao falar pela primeira Schamou Phi-7), em 1968, ano
em que publicou o livro "Armas secretas do Terceiro Reich"? Claro que
não ...
#3
Mas as críticas não param por aí. está em disputa o meu estudo da
correspondência fascista, descobertas por mim no Arquivo do Estado de Milão,
que trata das aeronaves não-convencionais em Itália dos anos trinta. Em ambos
os casos, o autor parece esquecer que, ao contrário de outros, o escritor
conduziu pessoalmente a pesquisa, e, portanto, tem fontes em primeira mão. (sobre
os arquivos fascistas, o crítico ufólogo apenas publicou da Idealibri).
O
ataque que procura vexar-me foi particularmente divertido, citando um colega
arquivista de profissão, que teria "identificado com facilidade, algum
dossier que Lissoni tinha apresentado no
UFO Notiziario 12... Infelizmente, Lissoni, ao violar um dos axiomas
mais evidentes da pesquisa histórica, não fornecia dados sobre a localização
das fontes, tornando mais difícil o controlo de outros estudiosos. No entanto,
os documentos foram encontrados no Arquivo do Estado, em Milão ".
Estas
alegações pesadas são realmente muito ridículas: na página 134 do meu livro,
mostro claramente que é material da prefeitura (ou seja, dos Arquivos do
Estado, de Milão). Portanto, é necessário salientar que eu era um arquivista
bibliotecário (e o meu crítico não) e
que não é apropriado acusar todos os "entusiastas de ufologia de escassa
familiaridade com algumas pesquisas e disciplinas, com base nos critérios de
arquivo e da ciência bibliotecária ou biblioteconomia". Aliás, uma obra
minha foi vistoriada pela Secção teletemática dos Câmara dos Arquivos - Alice.it, http://www.alice.it/library/law.lib/
bibliobi.htm; assim, é melhor evitar os juízos precipitados pelo facto de eu
não ter mencionado os "parâmetros de localização" (na ausência dos
quais o especialista, com grande habilidade (sic), também teria conseguido).
Basta
perguntar ao bibliotecáriao do Arquivo do Estado, em Milão, sobre o material sobre as "aeronaves
desconhecidas" (essas são as palavras apostas nas duas pastas), para
obtê-lo todo de uma só vez, sem a pesquisa complicada que alguém faz crer ter
feito. Assim, ainda fui acusado de que,
nos documentos do Arquivo de Milão, referisse a palavra "aeromóvel".
De acordo com o meu crítico, este termo indicaria o dirigível, e não um
precursor do UFO moderno. Está errado.
Basta
ler a palavra "aeronave" na " Grande Enciclopédia da Força
Aérea," de 1936, para obter o significado:
"Pequeno aparelho de asas rotativas, do qual foi exibido um modelo
na Exposição de Aeronáutica, em Paris, em 1910.
Um
aparelho de dimensões superiores (8 metros de comprimento e 9 metros de
largura) tinha sido construído nas oficinas de Saint-Denis. Equipado com um
motor potente, a sustentação e a propulsão teriam de ser obtidas a partir do movimento da asa
giratória em movimento contínuo, lento ou rápido à vontade. Os testes não deram
resultados satisfatórios. Assim, a milícia fascista indicava com a palavra
"aeromóvel,” não os dirigíveis, mas todas as aeronaves, presumivelmente
consideradas protótipos de espionagem, de comportamento ou forma fora do comum.
#4 Não
me vou debruçar sobre essas e outras questões (o livro do meu crítico contém
vários erros que não são de pequena importância: Lino Scaglioni, o cidadão de
Ferrara que participou na destruição de uma fábrica de V-7, é denominado
Saglioni e Ivanoe Fossati, o repórter que recolheu os segredos sobre raio da
morte de Marconi, passou a chammar-se Fossani; Walter von Miethe torna-se
Richard Miethe. Aposto que o meu colega céptico, não pôde encontrá-lo).
Quanto
à tese das V-7, referidas como uma noticia importante pelo jornal ‘France
Soir’, em 1950, é o mesmo céptico a contradizer-se, na página 50 do seu livro,
quando admite que " já tinha sido capaz de verificar, em 5 de Novembro de
1948, que o jornal ‘Diario da Noite’ tinha relatado os comentários de um
inventor, que era um engenheiro alemão, em 1939-1940, sobre um disco voador do
X Exército da Wehrmacht." Direi mais: Reproduzi sempre nos "Ficheiros Secretos do
nazi-fascismo", na p. 206, a imagem de um folheto da época que citava as
V-7, finalmente documentadas historicamente.
Sobre
Miethe, facilitarei o trabalho ao meu simpático revisor, observando que, em
1980, o escritor William Harbison tinha-nos
falado do livro "Genesis", ligado à construção de um disco voador
americano pela A.V. Roe.( http://pt.wikipedia.org/wiki/Avro)
Esta informação também foi confirmada pelo director Mario Gariazzo, do NICAP e,
muito recentemente, também o astrofísico francês Jean Pierre Petit, conhecido
ufólogo e estudioso da magnetoidrodinâmica. Na ocasião de um congresso sobre
propulsão avançada, realizado em Inglaterra, no início de 2001, esse homem foi
abordado por dois cientistas americanos que trabalharam para o Governo dos EUA,
nos ‘ projetos negros’.
Um
deles disse que se chamava Joe Black e "que trabalhava nos projectos
especiais da NASA e conhecia os estudos de Petit desde 1976, quando lhe tinha
sido dado analisar as suas notas técnicas sobre aparelhos de indução,
apresentadas na Academia de Ciências Paris." O segundo homem disse que se
chamava Penninger. Ambos possuíam
conhecimentos técnicos e científicos altamente avançados, a tal ponto que,
graças às suas revelações, Petit foi capaz de obter mesmo um livro de 267
páginas, "Ovnis et armes secrètes américaines" (Albin Michel, 2003),
cheio de detalhes técnicos, desconhecidos até então, e as suas aeronaves
secretas, desde a Stealth à Aurora e ao Blackbird, e sobre o funcionamento delas.
Penninger confirmou a Petit a existência das V-7,
referindo-se ao Avro Car. Petit disse:
"Em 1961, fui destacado para o laboratório de Princeton, sob a direção de
Bodganoff. Naquela época, o laboratório era composto exclusivamente por homens
e parecia um mosteiro Um dia, cheguei à
hora do almoço e todo mundo tinha ido embora.... comecei a andar à direita e à
esquerda, pelo campo.
Foi
então que vi uma placa que dizia Restricted area, authorized persons only
= Área Restrita somente para pessoas
autorizadas. Atravessei o limiar;
pensei que poderia alegar que sabia
pouco inglês ... e vi o objecto, num
hangar. Com 7 metros de diâmetro. Um compressor centrífugo, no centro, com um
grande consumo de ar. Em torno, a expulsão do gás por meio de um bocal anelar.
Duas cabines, das quais uma é fictícia. Inspecionou totalmente o aparelho.
"
"É
intil descrever-me", respondeu Penninger;
“Tenho trabalhado nele. Era uma idéia de von Miethe, um dos nossos
colaboradores alemães, idéia retomada e desenvolvida por um inglês, John C.M.
Frost por conta dos canadianos, desde 1952. Depois de um início caótico no
Canadá, o 'objecto tinha sido enviado para a Califórnia. Finalmente, em 1960,
recuperamo-lo, em Princeton. Eu estava
lá, nessa época... “.
Tradutora: Maria Luisa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
Webpage: http://peacelovelove.blogspot.pt/
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