Monday, August 18, 2014

ARQUIVO HISTÓRICO DE UFOLOGIA -- ANOS TRINTA: ATERRAGEM DE UM OVNI EM LOMBARDIA? de Alfredo Lissoni

PORTUGUÊS/PORTOGHESE

ANOS TRINTA: ATERRAGEM DE UM OVNI EM LOMBARDIA?
de Alfredo Lissoni


O acontecimento a que se referia a nota ‘top secret’, de maneira um tanto ou quanto velada de acordo com a revista do sector que primeiro divulgou a notícia precursora, teria sido sobre a queda de um OVNI que ocorreu em 13 de Junho de 1933; uma análise posterior dos documentos não apoia esta tese, tratando-se, sobretudo, da recuperação de uma nave aérea que aterrou, e que não se tinha necessariamente despenhado.

Este último elemento foi obtido a partir do texto aperfeiçoado dos três telegramas que têm por cabeçalho  'Gabinete do Telégrafo de Milão ", como mostra a ordem do remetente impressa pela ' Agenzia Stefani –  Milano’ e como especificam as condições de  'confidencial - urgente – prioridade sobre todas as prioridades '.


O primeiro telegrama, que não está na posse dos ufólogos, mas ao qual se reportavam os outros três despachos, foi enviado às 7:30 da manhã, anunciando a aterragem de uma nave aérea não convencional; um telegrama posterior, enviado às 16.00 horas e assinado - como os outros dois em nosso poder - pelo "Director-Geral dosAssuntos Especiais", sugeria uma versão de conveniência para alimentar a imprensa, que também seria apoiada pelo Observatório de Brera, em Milão: o objecto que aterrou era um meteoro.

Um telegrama posterior, enviado em 17.07, referia que o próprio Duce tinha ordenado o encobrimento da notícia, a retirada dos lacres dos jornais, o encaminhamento para o Tribunal de Segurança do Estado para quem tinha falado. O terceiro telegrama enviado pelo Mister X aos ufólogos é desprovido da indicação da hora e dos destinatários, mas indica a versão oficial a ser publicada, referindo-se ao telegrama enviado às 16:00 horas.


Todos estes três telegramas estão assinados pela mesma mão; a assinatura simplificada, que parece começar com um "f", é a mesma que mostra um envelope do Senado da era fascista, enviado em 96 a Pinotti e refere-se, presumivelmente,  a documentos ufológicos de '36; e também aparece numa carta timbrada da "Agenzia Stefani", enviada recentemente a outra revista do sector envolvida no caso, talvez sempre ligada aos avistamentos de '36.

Vou poupar o leitor de todo o processo, sem dúvida, aborrecido, dúvida,  da pesquisa que realizei em várias partes da Itália e que me permitiu verificar a credibilidade desses documentos. Os interessados ​​podem ler todas as fases individuais desta investigação na Internet, no site da Rede CUN http://members.tripod.com/~ufocun.index4z-7.html (link errado).

Importante- links correctos: http://ufocun.tripod.com/index4z-7.html
página de Alfredo Lissoni - http://ufocun.tripod.com/lissoni.html

O elemento interessante destes documentos antigos – foram sempre enviados entre 10 de Setembro de 1999, a partir de Cervia, e 22 de Novembro, de Forlì, à revista do sector - isto é, de facto, em 1933, na Universidade La Sapienza de Roma, seria estabelecido um Majestic 12 fascista, que se referia apenas à hierarquia superior do regime (Mussolini, Ciano e Balbo) e que trabalhava em estreita colaboração com a OVRA, a polícia secreta fascista, liderada por Arturo Bocchini, com filiais em toda a Itália e a cumplicidade dos prefeitos do reino.

As comunicações sobre o IR-2 surgidas recentemente em cópia, teriam sido transmitidas em '33 pela secção milanesa da Agência Stefani,  a ANSA fascista directa de Manlio Morgagni, de Forlì (por coincidência, a mesma cidade de onde chegaram hoje muitos destes documentos históricos); durante o período fascista, essa Agência executava a tarefa de controlar o que os jornais poderiam ou não publicar (sob pena de prisão de jornalistas, apreensão de jornais e até mesmo o encerramento das instalações).


A Agência Stefani, que tinha a sua sede em Roma, transportava para os jornais os despachos contendo os textos a ser publicados, utilizando o seu próprio Escritório Telegráfico interno. No caso dos telegramas de '33, esses tinham sido enviados do Escritório Telegráfico da sede da Agência Stefani, de Milão, não inferior à de Roma por ordem de importância, enquanto Morgagni residia lá, em pessoa.


Pelo que pude verificar, se se tratava de comunicações confidenciais, os textos vinham criptografados usando um código com sequências de cinco números; a mensagem era telegrafada em código Morse para a instituição destinatária; em seguida, era relatada num impresso semelhante a um telegrama (conhecido como "despacho Stefani ', e os três telegramas de '33 são despachos Stefani), era entregue por um mensageiro, e uma vez chegado ao seu destino, era enviado de forma discreta para o serviço em causa,  através do correio pneumático (ou seja, inserida num cilindro de metal e deslizava através de um sistema interno complexo de tubagens que ligava os vários departamentos da Agência Stefani); a mensagem acabava por ser descodificada por um elemento de confiança. Desta forma, o segredo era completo.







Então não é de admirar, e que o segredo da existência do Gabinete de RS / 33, tenha assim permanecido durante mais de meio século.



Tradutora: Maria Luisa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

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