O UFO E O
TERCEIRO REICH.
Sobre a
escrivaninha do Director dos Serviços Secretos, está um relatório carimbado ‘top
secret’, proveniente de uma "fonte particularmente bem estabelecida e
confiável, estacionada em Berlim", um oficial do Estado-Maior alemão,
muito próximo do General Leyers, do Ministério da Guerra alemão.
O tom do relatório é alarmante: "Temos de agir
rapidamente! Os nazis estão a desenvolver uma arma secreta terrível, uma aeronave
não tripulada conhecida como V-7, testada em Peenemünde e construída pela
Siemens, em Berlim. É uma arma que poderia mudar o curso da guerra ... ".
O vazamento de documentos deste tipo ajuda-nos a
perceber por que, depois da guerra, alguém olhou para os avistamentos de OVNIs,
como armas secretas do Reich. Mas não consideramos tudo farinha do mesmo saco.
O V-7, mais conhecido como Fliegender Scheiben, ou discos voadores, eram naves
aérias revolucionárias, em forma de disco, muito semelhantes aos UFO modernos,
por meio do qual Adolf Hitler sonhava conquistar o planeta.
De acordo com esta lenda, os visitantes do espaço,
talvez mordendo a propaganda pomposa do Reich, tinham confundido Hitler como sendo
o governante do planeta e viraram-se para ele como se fosse o primeiro representante
da Terra. Muitos relatos dessa época referem-se ao facto de que Hitler foi perseguido
e às vezes manipulado, por poderes Superiores desconhecidos, destruidores e
terríveis.
Seja qual for a razão, parece que o Führer ficou
fascinado pelas máquinas voadoras extraordinárias dos aldebaranianos, ao ponto
de criar uma instalação especial para fazer cópias. Felizmente, com parcos
resultados. Os primeiros protótipos nazis tinham nomes altissonantes, derivados
da mitologia nórdica: Vril, Thule, Haunebu e Odin". Um dos primeiros
engenheiros de Reich envolvidos na construção do V-7 (em que V representa
vitória) foi o alemão Andreas Epp. Tinham criado um prato gigante, o modelo
Omega, com oito hélices e dois motores a jacto para o movimento.
"Testamo-lo em 1943, em Bremerhaven – disse Epp,
à imprensa, em 1969 - e alcançou uma velocidade de 480 km/h." Ao projecto
do V-7 foram então chamados quatro outros engenheiros, os técnicos Habermohl Miethe, Schriever, que também era
piloto, e Giuseppe Belluzzo, de Milão,
professor do Politécnico e especialista em motores de turbina. Schriever
e Habermohl construíram um disco voador típico formado por uma cabine central de pilotagem, rodeada por um
anel que rodava a uma velocidade fantástica, enquanto Miethe e Belluzzo
elaboram, na base secreta de Bratislava, um disco maciço de titânio 40 metros
de largura, que explodiu em voo, com
toda a tripulação.
Os engenhos criados pelos cinco engenheiros obtiveram
resultados decididamente escassos. Durante as experiências, 18 pilotos
voluntários morreram nas explosões de Fliegender Scheiben. E quando, finalmente
os técnicos de Bratislava conseguiram desenvolver um modelo que funcionava, a chegada
dos russos a Berlim obrigou-os a destruir tudo, oficinas, patentes e desenhos,
para que não caíssem nas mãos dos inimigos russos, como de facto aconteceu. (Na
foto, o disco de Schriever R.)
Era tarde demais, a Alemanha tinha-se rendido e a
guerra estava a terminar. "Mas claro que se tinha perdido o interesse por
estas aeronaves especiais - declara o ufólogo de Milão, Graziano Villa – os americanos
e os russos descobriram o que os nazis estavam a desenvolver e fizeram tudo o que
podiam para roubar as patentes do Terceiro Reich, tentando prejudicar-se um ao
outro.
Já nos últimos anos do conflito se fantasiava sobre as
extraordinárias armas totais dos alemães. É claro que, durante a Guerra Fria,
essas armas foram cobiçadas pelas duas super potências. Sabemos que os russos foram
capazes de recuperar de uma série de artigos sobre o V-7, em Bratislava e
capturar alguns colaboradores de Miethe.
Não é por acaso que, depois de 50 anos de experiências,
apenas os soviéticos finalmente desenvolveram, na cidade de Ulyanovsk, a Asa
600, um UFO de 9 toneladas construído por Lev Shukin e pelo pai dos foguetões,
Serghiej Koroliov. Por seu lado, os agentes da CIA conseguiram achar a pista do
engenheiro Miethe, que, paradoxalmente, estava escondido em Tel Aviv, junto a
esses mesmos judeus que sempre desprezara, assumindo-o.
Para os EUA,
Miethe concebeu um disco voador,
denominado AVRO Car, uma caixa gigantesca de desempenho duvidoso. O facto
curioso é que, em todos estes anos, não apenas os americanos e os russos
negaram a existência de discos voadores, tanto terrestres e como
extraterrestres, mas sublinharam sempre que as aeronaves em forma de disco
nunca poderiam voar. E ainda mais curioso é o facto de que, até aos anos cinquenta,
sempre que um verdadeiro UFO voava sobre um país da Terra, os americanos e os
russos estavam convencidos de tratar-se de um disco voador nazi, desenvolvido pela outra
parte ... ".
"O que as duas superpotências nunca se atreveram
a dizer-vos – e que foi afirmado pelo intelectual polaco, Robert Lesniakiewicz
- é que os Serviços Secretos já tentaram tudo para recuperar, pelo menos, um
protótipo intacto do Fliegender Scheiben. Os engenheiros nazis, de facto, tinham
estado a trabalhar de forma independente e em paz, e não foram capazes de
reconstruir toda a patente. O maior centro para a construção da V-7 estava estrategicamente
localizado na Polónia ocupada, entre as montanhas escuras de Gory Sowie, em
cujo seio os nazis haviam cavado uma base super secreta.
Mas, para grande desgosto dos agentes da KGB que
pesquisaram a zona, não restou nada das instalações. Os nazis destruíram tudo
com dinamite. Fui recentemente ao local e, para além das enormes cavernas
subterrâneas, nessa época utilizadas como oficinas, não há mais nada ...
".
Com o passar do tempo, foi tudo esquecido ou
desacreditado artisticamente pelos serviços secretos das duas super potências,
que não tinham interesse em divulgar a existência de tais patentes. E o V-7
teria sido relegado, mesmo por alguns ufólogos, e incluído nas lendas urbanas.
Pelo menos, até 1952, quando o piloto Schriever confessou à imprensa que tinha
participado no programa dos discos voadores. "Nesse período - afirmou -
fala-se muito de discos voadores. Não acredito que se trata de aparelhos
extraterrestres, pois que dirigi um.
Em Agosto de 1943, havia um aeroporto nos arredores de
Praga, onde foram testados os motores das oficinas BMW. Num canto do campo havia um hangar, cercado
com arame farpado e só eu e três dos meus colegas de trabalho podíamos entrar.
Nesse hangar foi mantido o Flug Kreisel, a roda voadora
que eu tinha concebido em 1941. A sua velocidade era superior a 3000 km/h,
quando não encontrava, no ar, nenhuma resistência ... Conseguimos terminar o
protótipo em Abril de 1944. Tinha a aparência de um monstro, com a cúpula
central da cabine em acrílico.
Subi a bordo e fiz o teste do motor. Trabalhavam
perfeitamente. A coroa começou a girar ... Naquele momento soaram as sirenes.
Parei as turbinas e ordenei aos aviadores para trazerem a aeronave para o hangar.
Foram necessários outros ajustes para reduzir a vibração ... Fizemos novos
ajustes e finalmente conseguimos acabá-lo. Tarde demais, apesar de tudo.
Entretanto, os russos tinham invadido a Alemanha.
Chegou a ordem do Alto Comando para fechar as fábricas
de Praga. Tivemos que explodir o hangar com dinamite. Destruímos o disco voador
com granadas de mão... Então escapei e percorri todo o país em revolta, e mal
consegui chegar ao norte da Alemanha, estabelecendo-me em Bremen... ".
"Na década de sessenta - acrescenta o intelectual
eslovaco Milos Jesenski - sairam em Itália e
no estrangeiro, vários livros nos quais foi alegado que os OVNIs não eram nada
mais do que armas terrestres. Ora, sabemos
que não é assim e que o Fliegender Scheiben nunca alcançou o desempenho das
naves extraterrestres. Assim, em diferentes partes do mundo, há muitos
estudiosos ainda acreditam que os OVNIs são armas secretas nazis, que um grupo
de nostálgicos, em diversas bases, principalmente na América do Sul, estão a
testar na esperança de recriar o Terceiro Reich.
Por exemplo, o ufólogo americano Frank Stranges, tem
essa ideia, e efectua sempre conferências sobre este assunto, que são muito
populares. Em 25 de Fevereiro de 1985, ocorreu em França um facto muito
curioso.
Dois policiais recuperaram uma parte de um disco
voador que caiu no chão, num lugar cujo nome não foi revelado. Num canto desse
aparelho estava estampada, em relevo, a águia nazi e a suástica! As autoridades
francesas tentaram manter a confidencialidade do assunto, especialmente após a
explosão do movimento skinhead.
Embora isto não prove, de facto, que os UFO são armas
alemãs, de qualquer maneira, hão-de interrogar-se sobre quem, na década de
oitenta, era capaz de ter dinheiro e tecnologia para pilotar um disco voador
nazi. Talvez os nostálgicos do Terceiro Reich?
Alfredo Lissoni
Tradutora: Maria Luisa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com
No comments:
Post a Comment