Saturday, August 23, 2014

ARQUIVO HISTÓRICO DE UFOLOGIA -- MARCONI Acreditava nos Extraterrestres


 di Alfredo Lissoni 

Até Marconi acreditava nos extraterrestres!



Enquanto prossigo a pesquisa sobre os Ficheiros Secretos de Mussolini, a descoberta de um documento antigo da época, mostra que o pai da rádio acreditava firmemente na vida extraterrestre.

Prossigo com as indagações sobre os ficheiros fascistas. Entretanto, reunem-se novas provas a favor da autenticidade destes documentos. A última entre tantas, a que vê o físico Guglielmo Marconi, considerado o chefe da equipa de investigação OVNI fascista do Gabinete RS/33, apoiante entusiasta da hipótese extraterrestre. Trata-se de uma nova face do físico italiano, um aspecto decididamente pouco conhecido. Sim, porque, além dos livros comemorativos sobre a figura de Marconi, ou das citações nos livros escolares, ainda está disponível uma rica bibliografia específica sobre esse grande estudioso que revolucionou as telecomunicações. E talvez a razão seja facilmente compreensível. Transformado pelo regime num símbolo do fascismo, o cientista Marconi, com o pós-guerra, foi deliberadamente "esquecido" e posto de lado (ao contrário do que aconteceu na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, onde há  um dia dedicado a ele ...)

Por isso, foi uma tarefa particularmente difícil, conduzir uma pesquisa mais aprofundada sobre o chefe do Gabinete RS/33 embora seja, paradoxalmente, um génio da nossa terra, cujos actos e aderências deviam ser mais conhecidas. No final, descobrimos um livro útil.  É um volume extremamente raro, escrito durante o período fascista por um certo Mario La Stella, um jornalista do "regime", que nunca perdeu uma oportunidade para salientar a "genialidade itálica". Jornalista de ciência que remava contra a corrente, La Stella legou também o seu nome a obras sobre radiestesia e alquimia. O texto em questão distingue-se por ser um texto técnico, científico e documentado; evita qualquer forma de superstição ou misticismo e  até condena com raro cepticismo, vozes e lendas nascidas em torno da figura de Marconi. Intitula-se  "Marconi - o mago invisível, dominador do espaço" e foi publicado pelas Edições  Aurora, da Sardenha, em 1937,  pouco antes da morte do Prémio Nobel.


MENSAGENS EXTRATERRESTRES

O rumor de que Marconi acreditava nos alienígenas, circulou durante pouco tempo em Itália. Foi mencionado como uma breve piada, pelo jornalista Pietro Cimatti num artigo que apareceu na "Settimana da Incom," em 01 de Maio de 1966; mas não era apenas uma voz que o confirma, há citações e fontes diversas, e mesmo La Stella. E isso explica por que motivo em 1933, Mussolini, entre tantos cientistas, decidiu colocá-lo na chefia do Gabinete RS/33, em vez de um astrónomo, como foi sugerido pelo próprio Marconi, ou um engenheiro aeronáutico.

Mas vejamos o que se diz neste livro muito raro, que recuperamos  numa loja de antiguidades em Milão: "Em relação à possibilidade de comunicar com outros planetas, através da rádio, o público recorda as notícias do género, de conteúdo  esquelético e cheias de pontos de interrogação, em vez de declarações que voltam sempre, de tempos a tempos, a fazer a sua aparição nas colunas dos jornais.

Talvez a mais surpreendente seja a de 1920, quando um jornal britânico, o "Daily Mail", de 26 de Janeiro, depois  haver narrado durante um longo período de tempo, que os operadores de telegrafia sem fios, registavam de dia e de noite, interrupções dos seus sinais, que pareciam ser enviados a partir de uma grande distância. Entrevista Marconi sobre o caso, o qual declara: 'Ocasionalmente recebemos sinais que podem surgir a partir de um ponto fora do globo. Observamos que estes sinais formam letras, algumas das quais, particularmente os três pontos da letra S, são repetidos com maior frequência do que outros; mas em nenhum caso a junção dessas letras permitiu  formar uma mensagem inteligível. Estes sinais não só foram registados simultaneamente em Londres e Nova York (aqui Marconi fala com dados na mão, pois viajava continuamente entre essas cidades. N. do A.) e, nessas duas cidades, a intensidade era idênica, o que parece indicar que emanam de um ponto extremamente longínquo, em comparação com o qual, os cinquenta mil quilómetros que separam Londres de Nova York são uma pequena distância. "



"Depois de alguns dias", acrescenta La Stella, "Marconi é entrevistado novamente, pois vários cientistas tinham levantado objecções às suas declarações. O Mago não só reafirma a possibilidade das ondas de radiotelegrafia serem capazes de ultrapassar os espaços interplanetários, mas precisa que as experiências práticas conduzidas até agora podem fazer crer que todo o problema se relaciona, apenas, no maior ou menor comprimento das ondas. "

As convicções de Marconi, cujas declarações parecem estar envolvidas nas experiências, deviam reforçar-se presumivelmente quatro anos depois, quando aconteceu o episódio que vamos relatar.

CAPTADO DE VOLTA

Na época, os alienígenas eram os marcianos; pelo menos, era no que acreditavam. Assim, durante 24 horas, a partir das 22:50h do dia 21 de Agosto de 1924, quando Marte estava na proximidade da Terra, por ordem do governo dos Estados Unidos todos os transmissores de rádio americanos haviam ficado em silêncio, permitindo, assim, a um inventor chamado Francis Jenkins, colocar em funcionamento um dispositivo destinado a captar supostos "programas de televisão dos marcianos". Apesar da improbabilidade da experiência, Jenkins e outros estudiosos envolvidos, obtiveram uma sequência indecifrável de pontos e linhas, mas também uma série de sinais que, curiosamente, lembravam vagamente perfis humanos (um, em particular, foi interceptado pela rádio amador David Todd).



O conhecimento actual leva alguns a sorrir de uma tentativa realizada por meios tão pouco sofisticados, hoje rejeitados pela ciência oficial. Mas em qualquer caso, independentemente da natureza real das mensagens de rádio recebidas, elas contribuíram muito para aumentar as crenças dos astrónomos, como Desiderius Papp, que durante anos, afirmou publicamente que o planeta vermelho poderia ser habitado.

Em 15 de Dezembro de 1931, dois anos antes de se tornar chefe do Gabinete RS/33, Marconi reiterou a sua convicção ao jornal "Evening Standard", mas desta vez em tom cauteloso de quem não queria ser atacado pelo establishment oficial (obviamente, não muito diferente do actual): "Admitindo que as estrelas são habitadas por seres inteligentes, que têm uma natureza idêntica à nossa, não vejo por que não devemos comunicar com eles por meio de ondas hertzianas", relata La Stella.


A semente tinha sido plantada. Dois anos mais tarde, com a aterragem na Lombardia, em Junho de 1933, que é discutida nos arquivos fascistas, esta profecia, em parte, concretizou-se. O governo italiano descobria os extraterrestres.



Tradutora: Maria Luisa de Vasconcellos
Email: luisavasconcellos2012@gmail.com

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